(...) “Somos um país pequeno e muito aberto à Europa, pelo que a nossa capacidade de resistir à crise está em larga medida dependente da forma como a Europa o conseguir Há certamente aspectos únicos em Portugal, uns benéficos e outros não, que vão ter um papel importante nessa capacidade. Por exemplo, o facto de o mercado habitacional não ter sido sujeito a uma sobreavaliação semelhante àquela a que assistimos nos Estados Unidos e em alguns países europeus é benéfico no actual contexto.

Em contrapartida, o nível de endividamento das famílias e os moldes em que esse endividamento lhes foi disponibilizado poderá trazer dificuldades acrescidas aos cidadãos e às instituições financeiras.

(...) “Os últimos dados disponíveis nos EUA e na Europa continuam a indiciar uma degradação da actividade económica e, nessas condições, é prematuro antecipar o fim da crise. Há que esperar para ver como é que as economias reagem às últimas descidas das taxas de juro nos EUA e na Europa e ainda às medidas que estão a ser planeadas pelos governos europeus e pela Administração norte--americana.(...)

in Diário de Notícias